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Vasco Morgado apresenta: base de dados sobre o empresário Vasco Morgado

Vasco Manuel Veiga Morgado

A noite de 8 de Novembro de 1951, noite de Inverno áspero, chuvosa e trista, não o era contudo na Praça Duque de Saldanha.
Brilhantemente iluminadas as fachadas do novo “Monumental”, colmeia enorme de vida e luz não era dificil adivinhar a quem por ali tardou seus passos, a azáfama interior, preparando até ao mínimo detalhe a recepção dos convidados - cerca de 3000 - que seriam poucas horas depois os espectadores da memorável inauguração.

Simultaneamente, duas belas salas de espectáculos iam abrir-se ao público, oferecendo-lhes em lugar de sessões solenes, em viez de enfados: um programa de Cinema e um espectáculo de Teatro.
Já dentro dos seus amplos átrios é difícil descrever agora como tudo se tornou mais belo ainda, ao emoldurar as luxuosas “toilettes” das senhoras, os fardamentos vistosos, os impecáveis trajos de cerimónia, num ambiente verdadeiramente categorizado e festivo.

No Teatro, como é natural, é no palco que com mais emoção se vê aproximar o momento em que o pano subirá pela primeira vez.

Recrudesce, de momento a momento, o movimento dos ascensores, das escadas de acesso aos camarins, de ordens febrilmente executadas para que nada falhe, para que nada escape n preciso, para que a canseira de vários meses de trabalho intenso, contagie o público dando-lhe completa satisfação de interesse suscitado.

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